O Conselheiro revive
O Estado de S. Paulo - 25/10/2009 - Por José Maria Mayrink
A leitura dos sermões de Antônio Conselheiro, o líder de Canudos morto em 1897, quando o arraial de Belo Monte foi arrasado pelas tropas do governo, mostra que ele era um sertanejo letrado e bom conhecedor da doutrina da Igreja Católica no século 19. O pesquisador Pedro Lima Vasconcellos, que em 2004 defendeu na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo a tese de doutorado “Terra das Promessas, Jerusalém Maldita”, sobre a conotação religiosa da guerra no sertão da Bahia, chega a essa conclusão em seu trabalho de livre-docência, apresentado em junho também na PUC-SP, onde é professor do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Religião. Nesse estudo - intitulado Abrindo as portas do céu: Apontamentos para a salvação, subscritos por Antônio Vicente Mendes Maciel -, Vasconcellos transcreve e analisa o conteúdo do manuscrito intitulado “Apontamentos dos preceitos da divina lei de Nosso Senhor Jesus Christo, para a salvação dos homens, datado de 1895, que o pesquisador José Calasans (1915-2001), guardou e doou para a Universidade Federal da Bahia (UFBA), que o conserva em Salvador, à espera de projeto e verbas para sua publicação em livro.
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